domingo, 13 de maio de 2012

Um Gesto De Amor!

  Um garoto pobre,com cerca de doze anos  de idade, vestido e calçado de forma humilde, entra na loja, escolhe um sabonete comum e pede ao proprietário que embrulhe para presente.
   "É pra minha mãe", diz com orgulho.
  O dono da loja ficou comovido diante  da singeleza daquele presente.Olhou com piedade para o seu freguês, sentido uma grande compaixão,teve vontade  de ajudá-lo.
  Pensou que poderia embrulhar, junto com o sabonete  comum, algum artigo mais  significativo.Entretanto, ficou indeciso:ora  olhava para  o garoto,ora para os artigos que tinha em  sua loja.
  Devia ou não fazer? O coração dizia sim,a mente dizia não.
  O garoto, notando a indecisão do homem, pensou  que ele estivesse duvidando de sua capacidade de pagar.
  Colocou a mão no bolso, retirou as moedinhas  que dispunha e as colocou sobre o balcão.
  O homem  ficou ainda  mais comovido quando viu  as moedas, de valor tão insignificante.Continuava seu conflito mental.Em  sua intimidade concluíra que, se o garoto pudesse, ele compraria algo bem melhor para sua mãe.
  Lembrou de sua própria mãe.Fora pobre e muitas vezes,em  sua infância  e adolescência, também desejara presentear sua mãe.Quando conseguiu emprego, ela já havia partido para o mundo espiritual.O garoto, com aquele gesto, estava  mexendo nas profundezas dos seus sentimentos.
  Do outro lado do balcão, o menino começou a ficar ansioso.Alguma coisa parecia estar errada.Por que o homem não embrulhava o sabonete?
  Ele já escolhera,pedira para embrulhar e até tinha mostrado as moedas para o pagamento.Por que a demora?Qual o problema?
  No campo da emoção, dois sentimentos  se entrelhavam:a compaixão do lado do homem,a desconfiança por parte do garoto.
  Impaciente, ele perguntou:"moço,está faltando alguma coisa?"
  "Não", respondeu o proprietário da loja."É que eu lembrei da minha mãe.Ela morreu quando eu ainda era  muito jovem.Sempre  quis dar  um  presente para ela,mas, desempregado,nunca consegui comprar nada."
  Na espontaneidade de seus doze anos,perguntou o menino:"nem um sabonete?"
  O homem se calou.Refletiu um pouco e desistiu da idéia  de melhorar o presente do garoto.Embrulhou o sabonete com o  melhor papel que tinha na loja,colocou uma fita  e despachou o freguês  sem responder mais nada.
  A sós, pôs-se  a pensar.Como é que nunca pensara em dar algo pequeno e simples  para sua mãe?Sempre entendera que  presente  tinha  que ser  alguma  coisa  significativa,tanto assim que, minutos antes, sentira piedade  da singela compra  e pensara  em melhorar o presente  adquirido.
  Comovido,entendeu que naquele  dia tinha  recebido uma grande lição.Junto com o sabonete do menino,seguia algo muito mais  importante e grandioso,o melhor  de todos os presentes:o gesto de amor!


  Invista no amor.Ele é o mais poderoso  meio de tornar  as pessoas  felizes.
  Em qualquer circunstância,em qualquer data especial para  determinadas comemorações,o mais importante não é o que se dá,mas como se dá.
  Todo presente  deve se revestir de sentimentos  e não deve haver diferenças entre homenagens a uma pessoa pobre ou a uma pessoa rica.
  A expressão deve ser sempre do afeto.O que se deve dar é o coração a vibrar em amor.
  O valor do presente não está no quanto ele vai aumentar o conteúdo das caixas registradoras,mas sim o quanto ele somará na contabilidade do coração

Nenhum comentário:

Postar um comentário